O filme de Martin Scorcese, lançado em 2010, conta a história de Ted Daniels e seu parceiro, ambos Agentes Federais que são enviados para um Hospital Psiquiátrico em uma ilha isolada para investigar o desaparecimento de uma perigosa paciente. O filme trata sobre Esquizofrenia, Estresse Pós-Traumático, História da Psiquiatria e Luta Anti-manicomial.
AVISO: Contêm Spoilers. Assista o filme primeiro.
Ilha do Medo
Primeiramente, é necessário fazer um esclarecimento quanto ao nome escolhido para a versão brasileira. O nome Ilha do Medo não é adequado, já que o nome original é Shutter Island, em tradução livre, “ilha trancafiada”. O nome original exprime melhor sobre a realidade daquela época, na qual não haviam tratamentos psiquiátricos realmente efetivos, e sim apenas tratamentos de contenção. Ou seja, além de pouco avanço medicamentoso para época, os pacientes viviam trancados em celas ou ambientes dos quais não poderiam fugir. Em outras palavras, os tratamentos psiquiátricos consistiam em isolar e prender os doentes mentais, ao invés de tratar de forma adequada, medicando e ressocializando. Felizmente, contudo, hoje existem tratamentos muito mais humanizados e eficientes para tratamento dos pacientes com esquizofrenia e outros transtornos.
Desde o início do filme podemos perceber momentos que dão certa clareza sobre a sanidade, ou a falta dela, do personagem principal interpretado por Leonardo Di Caprio, Ted Daniels. É importante ressaltar que toda a narrativa é feita pelo ponto de vista do personagem principal e que as percepções são baseadas no seu senso de realidade. O filme entrega a verdade constantemente, contudo, de forma dúbia, ou seja, apesar de parecer tudo óbvio, duvidamos de nossas próprias convicções sobre a história antes de terminar de assistir.
Essa perspectiva é especialmente interessante porque o paciente com Esquizofrenia não possui a noção ou senso de julgamento sobre as próprias experiências a ponto de conseguir identificar o que é real ou não. Em outras palavras, o esquizofrênico tem anosognosia, não reconhece a própria doença. Por outro lado, as pessoas que convivem com o esquizofrênico percebem e questionam o que ele diz, assim como que assiste o assistir o filme fica confuso com as informações que recebe.
Esquizofrenia e Sintomas
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V), a Esquizofrenia faz parte dos Transtornos Psicóticos, sendo compreendida como um Espectro. Ou seja, existem graduações nos transtornos, podendo o paciente ter mais sintomas psicóticos, ou apenas alguns.
Também segundo o DSM-V, a Esquizofrenia é composta por uma gama de disfunções cognitivas, emocionais e comportamentais. Para o diagnóstico de Esquizofrenia, é necessário que dois sintomas ou mais estejam presentes durante tempo significativo, no prazo de um mês, sendo que ao menos um deve ser Alucinação, Delírio ou Discurso Desorganizado. Também é necessário haver prejuízo funcional, laboral, relacional ou de outras áreas. Em suma, o paciente tem dificuldade em se relacionar, trabalhar ou exercer sua vida pessoal. Esses prejuízos devem estar presentes há seis meses ou mais. Os sintomas mais comuns são descritos abaixo, alguns dos quais são visíveis no personagem.
Delírios
Delírios são crenças fixas que o paciente desenvolve e tem dificuldade de questionar ou refletir sobre. Os delírios podem ser persecutórios, de referência, somáticos, religiosos e de grandeza. Vou me focar nos sintomas visíveis no filme. Persecutórios são os delírios nos quais o paciente acredita ser alvo de perseguição, chantagem ou assédio, normalmente criando uma realidade na qual está em evidência ou vulnerável e deve fugir ou se proteger. Delírios de referência são interpretações nas quais o paciente acredita que alguma situação, gesto ou comentário significa algo sobre si. Como, por exemplo, um comentário diretivo e simples, que é super interpretado como se tivesse uma mensagem subliminar. Delírios de grandeza são crenças sobre si mesmo, nas quais o paciente acredita ser alguém com muita fama, riqueza, importância, autoridade ou alguém sempre em evidência.
Alucinações
Alucinações são percepções sensoriais irreais mas que, para o paciente, são vívidas e incontestáveis. Apesar de ser amplamente exposta em filmes, as Alucinações Visuais são raras, sendo que as mais comuns são Alucinações Auditivas. No filme, Ted apresenta ambas em vários momentos, algo que se destaca quando conhece e conversa com pessoas que não existem ou que já estão mortas.
Pensamento desorganizado
Muito comum em pacientes psicóticos, é um discurso confuso, que parece desconexo e sem sentido, por vezes repetido consecutivamente. Ao ser perguntado sobre um situação ou acontecimento, o paciente pode encontrar uma resposta ou sentido único e inesperado, não relacionado à pergunta. É difícil manter diálogo ou fazer compreensão racional do que é dito, já que se trata de uma interpretação de realidade que é singular e irreal.
Comportamento desorganizado
Caracterizada pelas Alterações dos movimentos e imprevisibilidade de comportamento, é comum que o paciente apresente reações físicas inesperadas. Alguns podem ter catatonia e não responder à sons, perguntas, orientações ou estímulos, outros podem ficar muito agitados e violentos.
Sintomas negativos
Comuns na Esquizofrenia, são comportamentos não condizentes à situação, como expressão emocional diminuída, avolia, alogia, anedonia e falta de sociabilidade. Pouco representados no filme, são comportamentos de não-resposta, como pouca expressão facial, emocional, pouca entonação na fala, pouca motivação ou iniciativa, pouca resposta à perguntas ou estímulos e dificuldade na interação. Diferente de um quadro depressivo, no qual o paciente ouve e compreende mas pode não ter forças para reagir, na Esquizofrenia, o paciente pode não entrar em contato com o que é dito, simplesmente ignorando.
“Alguns indivíduos com psicose podem carecer de insight ou consciência de seu transtorno (anosognosia). Essa falta de insight inclui não perceber os sintomas de esquizofrenia […] Não perceber a doença costuma ser um sintoma da própria esquizofrenia em vez de uma estratégia de enfrentamento […] Hostilidade e agressão podem estar associadas a esquizofrenia, embora agressão espontânea ou aleatória não seja comum. A agressão é mais frequente em indivíduos do sexo masculino mais jovens e em pessoas com história anterior de violência, não adesão ao tratamento, abuso de substância e impulsividade. Deve-se observar que a grande maioria das pessoas com esquizofrenia não é agressiva, sendo, com mais frequência, mais vitimizada que aquelas na população em geral.”
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. (p. 101)
Realidade Paralela
A filmagem se inicia em um barco, no qual Ted, saindo do deck, visualiza seu parceiro de costas, por trás de grades, visível diferenciação de autonomia dos personagens, um estaria preso, o outro livre.
Ted apresenta um delírio de grandeza, ao acreditar que é um Agente Federal, alguém muito importante que foi convocado para investigar um crime. Ao chegar na ilha, percebemos que todos os guardas estão muito bem armados e atentos aos movimentos de Ted e Chuck, levantando armas e os cercando. Isso faz todo sentido, afinal, Ted havia se mostrado um paciente violento em várias ocasiões anteriormente.
Ao chegar ao portão principal é requisitado que deixem suas armas com os guardas, Ted reluta mas acaba entregando sua arma, seu parceiro, por outro lado, mostra inabilidade com a arma, tendo dificuldade de tira-la do coldre, o que mostra que não é um Agente Federal. Além disso, ao entrar no Hospital, muitos pacientes parecem reconhecê-lo.
A história verdadeira à mostra
Ao conhecer Doutor Crawley (Ben Kingsley), este apresenta fatos sobre a paciente que desapareceu do Hospital Psiquiátrico. Trata-se de uma tentativa médica para o retorno à sanidade de Ted por meio de uma rememoração, ou seja, ao apresentar a paciente desaparecida à Ted, que na verdade é uma personificação de sua falecida esposa, ele poderia voltar à realidade e perceber a perda de sua esposa como motivo de um dos motivos de sua dissociação.
Na percepção da inutilidade da proposta e a resposta física de Ted, o médico rapidamente lhe entrega uma medicação calmante, curiosamente em um clássico e pequeno copo de café, como faria aos seus pacientes. Além, o doutor brevemente tenta novamente, sugerindo que a paciente desaparecida criou um mundo ficcional para justificar sua estadia naquele lugar, atribuindo papéis e funções a cada interno e colaborador, assim como Ted faz.
Aversão à Água
Conforme o andamento da trama, mais elementos com referência à água são adicionados. Inicialmente Ted está enjoado e vomitando no banheiro do navio. Depois, ao vasculhar a ilha, o Chefe da Guarda enfatiza o perigo da correnteza à volta. Visivelmente nenhum guarda parece realmente se importar em procurar pela paciente, isso porque todos sabem que ela nunca existiu.
O mesmo se repete com a equipe de enfermagem, ninguém realmente foi treinado para aquela encenação, então foi necessário improvisar, com respostas prontas de uma enfermeira que, conhecendo o medo de água de Ted, quando questionada sobre como havia sido a Terapia de Grupo de noite passada, relata que a paciente estava com medo da chuva e que o Doutor Sheehan havia conduzido a reunião. Ted diz que gostaria de conversar com esse Doutor Sheeran, mas Dr. Crawley diz que não será possível, já que este saiu da ilha pela balsa, no mesmo dia pela manhã. Obviamente, o médico que saiu da ilha é o parceiro de Ted, disfarçado de Agente Federal para acompanhar o tratamento de Ted, mentira essa que deve levantar outras para poder ser mantida.
Outra tentativa de rememoração, mais efetiva, foi a meticulosamente preparada orquestra de Mahler que toca quando os agentes chegam ao Escritório do Dr. Crawley, osquestra que tocava enquanto Andrew (nome verdadeiro de Ted) matava generais nazistas quando ainda era soldado na 2ª Guerra Mundial.
Ted tem um sonho no qual reencontra sua falecida esposa. Na realidade criada pela personalidade de Ted, ele acredita que sua esposa morreu em um incêndio provocado por um dos internos, chamado Laeddis. A verdade, porém foi que o próprio Ted Daniels (nome fictício de Andrew Laeddis) atirou contra sua esposa após esta matar seus três filhos afogados.
Ted decide interrogar alguns dos pacientes. Aqui podemos perceber um interessante jogo de fotografia, para que todos os pacientes, incluindo o próprio Ted sempre apareçam em cena acompanhados de um guarda. O único que não aparece em cena acompanhado de um guarda é o Dr. Sheehan (disfarçado como Chuck).
Outro fato importante que mostra Alucinação Visual de Ted é quando uma das internas interrogadas, em um momento de estresse, pede um copo de água, bebe em um copo invisível, após coloca um copo de vidro na mesa, fazendo alusão às falhas de percepção de realidade do personagem principal.
Ted, em mais um momento de alucinação, durante uma tempestade na qual ele e seu parceiro se abrigam em uma igreja na ilha, conta sobre um suposto estudante universitário que conheceu, inteligente, de bom coração e socialista, chamado George Noyce, que após um experimento psicológico começou a alucinar, espancou seu professor e foi sentenciado ao Hospital Psiquiátrico. Após um ano de tratamento é solto, entra em um bar e mata três pessoas, seu advogado pede internação em outro Hospital Psiquiátrico, porém ele não quer voltar, pedindo a cadeira elétrica, por fim sendo enviado para uma Penitenciária comum. Mais à frente explica-se que George é, ainda, um dos detentos da Ala C.
Essa história inventada, comum em diagnósticos de Esquizofrenia, é sustentadora para suas hipóteses de que o Hospital Psiquiátrico utilizava de lobotomia, um tipo de cirurgia cerebral, na qual se dividem os hemisférios cerebrais, para que o paciente seja mais dócil. Esse tipo de cirurgia era comum na década de 1950.
Ao final da cena são encontrados pelo Chefe da Guarda Policial e diz: “Vê! Eles nos encontraram!”, seu parceiro responde, “É uma ilha chefe, eles sempre vão nos encontrar.” Interjeição óbvia também para explicar a não existência de Rachel Solando, se existisse já teria sido encontrada.
Quem é o paciente 67?
Mais à frente, Ted descobre haver um paciente de número 67. No total existem 24 pacientes na Ala C e 42 nas Alas A e B. A mensagem encontrada no suposto quarto de Rachel Solando, que na realidade era do próprio Ted, alterego de Andrew, questionava quem era o paciente 67. Obviamente, ele é o próprio paciente 67.
Após um interrogatório com a recém aparecida Rachel Solando, que é uma das enfermeiras disfarçadas, Ted tem dificuldade de enfrentar a tempestade pela luz dos relâmpagos e sente Fotofobia, uma hipersensibilidade à luz, provavelmente efeito colateral da abstinência de suas medicações, as quais são logo passadas pelo Dr. Crawley, ficando Ted mais calmo. Contudo, em uma situação real, o efeito das medicações não seria tão rápido, sendo necessárias algumas horas até a medicação voltar a fazer efeito.
A Ala C inunda devido à chuva, então as celas se abrem e muitos detentos fogem. Ted e Chuck seguem para a Ala C, onde, após uma briga, se separam e Ted procura por Laeddis. Ele encontra George Noyce, um dos detentos, visivelmente machucado que diz ter apanhado de Ted.
Noyce e Ted conversam e podemos perceber mais uma alucinação. Impulsionada pela confronto com a própria realidade do que fez, Ted tem uma Alucinação Visual ao ver sua falecida esposa, Dolores, dentro da cela. George Noyce lhe diz que Laeddis não está na Ala C. Portanto, só poderia estar no Farol.
A Esquizofrenia de Andrew Laeddis
Porque então Ted teria batido em George Noyce? Porque este lhe chamou pelo seu nome real, Andrew Laeddis, o nome do suposto assassino de sua esposa.
Ao sair da Ala C, Ted encontra Chuck, que está com um relatório completo sobre o paciente Andrew Laeddis. Ted reluta em ler o documento, dizendo que o verá depois, mais uma resistência em enfrentar a realidade. Após uma briga, Ted acha que Chuck havia caído do penhasco próximo ao Farol, mais uma Alucinação Visual. Ele desce para ver o corpo e tem mais uma alucinação visual, envolvendo ratos e uma pessoa dentro de uma caverna. Ele conversa com essa pessoa, ouvindo uma história fantasiosa que confirma as crenças de Ted. Essa é o delírio que confirma suas crenças.
A maior revelação e choque de realidade poderia ter sido quando, ao voltar para a estrada, é encontrado por um dos Chefes de Polícia, com quem tem uma conversa sobre violência e como se conhecem há muito tempo.
Ted consegue escapar, ataca um dos médicos e o seda com uma injeção, explode o carro do Dr. Crawley como distração e segue para o farol. Neste momento, finalmente, consegue enfrentar seu trauma com a água, mergulhando para poder alcançar o farol.
Depois de alcançar o farol, imobilizar um guarda, revistar todos os andares e encontrar apenas salas vazias, chega ao último andar, onde encontra Dr. Crawley que, ao vê-lo, repete palavras que Andrew havia dito a Dolores, sua esposa, anteriormente, “Porque você está todo molhado, meu bem?”, em mais uma tentativa de recobrar o senso de realidade no paciente.
Este é o momento decisivo no qual Dr. Crawley explica a Andrew os nomes inventados que criou para sustentar sua Dissociação. Edward Daniels (apelido “Ted”) é um anagrama para seu nome real Andrew Laeddis, assim como o nome Rachel Solando, personagem inventada por Andrew, é um anagrama para o nome de sua falecida esposa, Dolores Chanal.
Essa revelação se explica como um mecanismo de defesa. Pacientes com Esquizofrenia podem criar realidades com fatos diferentes, para sustentar uma personalidade na qual possa ser algo diferente, evitando lidar com seus conflitos internos, responsabilidades e acontecimentos. No caso de Andrew, a realidade que criou lhe possibilita ser um héroi de guerra, quando, na realidade, ele é um homicida.
Origem do trauma
A esposa de Andrew, Dolores, era uma pessoa com Transtorno Esquizofrênico ou Esquizoafetivo. Andrew era ausente, alcoolista e parecia viver um Transtorno de Estresse Pós-Traumático, devido à guerra. A família se mudou para uma casa no lago depois que Dolores, propositalmente, botou fogo no apartamento em que moravam. Não suficiente, Dolores afogou seus filhos no lago enquanto Andrew trabalhava. Ao chegar em casa tentou salva-los, porém em vão. Por fim Andrew acaba matando a esposa.
Ao se lembrar de tudo, Andrew desmaia, acordando ao lado de uma enfermeira que fantasiou ser Rachel Solando, sendo questionado pelos médicos sobre seu senso de realidade. Aparentemente ele está ciente de seus atos, e entende a seriedade destes.
Tratamentos Inadequados
Medidas extremas se fizeram necessárias para assegurar a segurança de todos, incluindo o próprio Andrew, já que ele é treinado, perigoso e quase matou um dos internos, George Noyce, duas semanas antes. Desta forma a instituição optou por uma última tentativa de tratamento por meio de uma criação de realidade na qual Andrew realmente fosse um Agente Federal e tivesse um parceiro, papel desempenhado pelo Dr. Sheehan. Entretanto, toda essa proposta foi falha, já que o paciente não recobrou seu senso de realidade, continuou a alucinar e inventar histórias. Obrigando a instituição a realizar uma lobotomia.
Antes de fazer qualquer explicação sobre a medicação, informo que não sugiro ou indico a utilização de qualquer medicação. Somente um Médico Psiquiatra pode receitar medicamentos psicotrópicos. Não se automedique.
O filme se passa na década de 1950, época na qual havia pouca compreensão dos transtornos psiquiátricos, sendo os tratamentos pautados no aprisionamento e isolamento. Nesta mesma época, além, foi empregado em diversos pacientes a lobotomia. A lobotomia consiste na divisão do cérebro em duas partes, hemisfério direito e esquerdo, afim de deixar o paciente mais dócil. Obviamente esse tratamento não é mais utilizado porque, além de ineficiente, é desumano e deixa o paciente com diversas perdas cognitivas.
A medicação que o personagem utiliza no filme é a Clorpromazina. Uma medicação utilizada para tratamento de Psicoses, desenvolvida na década de 1950, indicada para pacientes com diagnóstico de Esquizofrenia, estados de humor maníacos ou psicóticos. Alguns efeitos colaterais são sedação, sonolência, discinesia e discinesia tardia, ou seja, espasmos involuntários dos músculos, secura da boca, constipação, problemas de acomodação visual, entre outros.
Reforma Psiquiátrica
Nos anos 70 iniciou-se uma revolução na forma de tratamentos dos pacientes psiquiátricos. Michel Foucault, filósofo francês; Franco Basaglia, psiquiatra italiano; Nise da Silveira, psiquiatra brasileira; entre outros, foram pioneiros no tratamento humanizado.
Agora, ao invês de trancar e isolar os pacientes psiquiátricos, optou-se por tratamentos dignos e respeitosos, com medicações, arte, sociabilidade e acompanhamento contínuo. Os tratamentos atuais são mais eficientes e permitem a volta do paciente em remissão de sintomas à sociedade.
Sugiro, aos que queiram se aprofundar nesse assunto alguns filmes e livros:
Filmes
- “Bicho de Sete Cabeças”
- “Nise: O Coração da Loucura”
- “Estamira”
Livros
- “Holocausto Brasileiro” – Daniela Arbex
- “A História da Loucura” – Michel Foucault
- “Vigiar e Punir” – Michel Foucault
- “Desterros: história de um hospital-prisão” – Natalia Timerman